Há sempre algo que ficou por dizer, algo que ficou por fazer, um puzzle por completar, um inicio por acabar. Há sempre algo que ficou por esclarecer, palavras devoradas pelo tempo, levadas, simplesmente arrastadas como quem foge a uma realidade tao dura de encarar. Há sempre motivaçao que escasseia quando cinco a sete espadas nos são apontadas ao pescoço, deixando-nos sem opção de fuga com o recosto da parede inquebrável. Há sempre aquela mão que falha o acolhimento por falta de atenção, isto para não lhe chamar desprezo, que de alguma forma até fica mal. Há sempre aquela falta de raciocinio próprio pois deixamos que a nossa alma se guie pelos conselhos de próximos que, sem margem de dúvida, não sentem o minimo do que nos passa segundo a segundo no coração.
E por fim, há sempre aquela decadência intensa de auto-estima que, com o passar do tempo e o agravar da situação se desvanece de forma a que o amor próprio se vá tambem. É isto a introdução, desenvolvimento e desenlace dos meus problemas, que aos poucos se tornam numa emaranhada de conflitos, enrolados uns sobre os outros, como um enorme novelo de lã que acaba por sobrecarregar uma só vitima, aparentemente sem importancia, mas que aos poucos vai sendo corroida por dentro, destruida por obra de mais uma queda, e o pedido de socorro agora, não passa já de um sufoco insignificante. Solução numa palavra, adequo a dessistencia, e é o fim.
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